Índia
E a viagem prosseguiu,
Com histórias de encantar.
Ordenou el-rei D. Manuel
Ao Oriente chegar.
Um português valente
A armada aumentou:
Vasco da Gama imponente,
A este, a Índia alcançou.
Índia, Índia!
Já chegámos à Índia!
Índia, Índia!
Já chegámos à Índia!
Chegado à Índia, enfim,
As negociações encetou.
Falou com o samorim
Mas de nada adiantou!
Condições auspiciosas
P’ro comércio enaltecer,
Levou Vasco oferendas,
Mas Samutiri não quis saber.
E, chegados ao Oriente,
Era hora de procurar
Em Goa, Malaca e Ormuz,
Praças (e) riquezas ganhar.
Homens nobres e de poder
Queriam o futuro traçar
A Europa muito anseia
Essas riquezas comprar.
Em tais paragens distantes,
Havia que moldar (os) árabes dominantes.
Moldou-nos (a) sorte do que podíamos ter:
Jóias e especiarias obter.
As ordens de D. Manuel chegaram,
Nasceu uma nova feitoria,
Porque os portugueses apostaram
E a visão do samorim mudaria.
Índia, Índia!
Já chegámos à Índia!
Índia, Índia!
Já chegámos à Índia!
Índia, Índia...
Índia, Índia...
Índia.